27 de agosto de 2008

Por que adotei um adultinho na Estrela - Depoimento

Desde criança, sempre tive verdadeira loucura por animais e por morar em apartamento, minha mãe nunca permitiu...na adolecência ganhei minha 1ª york, quando deu cria, fiquei com todos os filhotes e assim a família foi aumentando. Depois de um tempo, não permitimos mais a procriação e com o passar dos anos só me restou o Chico, triste e solitário já com certa idade...
Até que numa noite, apareceu na minha rua uma cachorrinha grávida, muito magrinha e coberta de sarna, minha Pretinha! Ela deu cria num estacionamento ao lado do meu prédio, a rua interia cuidou dela e dos filhotes, até que todos foram doados e a Pretinha ficou por aqui. Ninguém se aproximava dela por causa da sarna e ela também tinha muito medo das pessoas; isso me cortava o coração, então fui em busca de veterinários e foi muito difícil conseguir alguém para tratar dela na rua...conquistei a confiança dela e em pouco tempo ela estava dentro de casa.
Foi assim que tudo começou...a Preta NUNCA fez uma sujeira dentro de casa e sempre respeitou o Chico, ele até dormia em cima dela no frio!!! Foi tudo tão fácil, sem sujeira, sem estressar o Chico (afinal a casa já era dele...) e sem nada roído, rasgado ou destruído!!!
Alguns anos depois, quase atropelei uma cadelinha no caminho do trabalho, e assim "ganhei" a Cinderela, que veio aqui pra casa e seguiu os mesmos passos da Preta. Minha casa ficou perfeita com meus três bebês vivendo felizes e em harmonia!
Mas o tempo passou, a idade chegou e 2 anos atrás perdi meu Chico (com quase 19 anos!!!), a Preta e a Cindy ficaram muito tristes por alguns meses e acabaram por superar a perda. Um ano se passou e a Preta também se foi, acho que foi o pior momento da minha vida e da Cinderela também; jurei que não queria mais cachorro, que nunca mais iria sofrer essa perda....etc.
Foi então que conheci o trabalho da Dra Estrela, precisava doar os remédios da Preta e acabei aí na clínica; claro que me apaixonei por TODOS os cachorros que eu vi e comecei a pensar em adotar mais um...
Enquanto isso, a Cinderela estava em depressão, teve uma alergia emocional e começou a perder todo o pêlo, foram meses de tratamento e exames e nada adiantou. Um dia cheguei na clínica decidida a adotar mais uma cachorrinha (adulta, claro), apresentamos algumas para a Cindy e ela acabou escolhendo o Goober (que na época chamava-se Sidney).
Minha casa ficou com cara de LAR novamente, a depressão da Cindy foi embora e em 10 dias o pêlo já estava crescendo sem mais nenhum remédio!!!
Foi uma experiência nova, mesmo estando habituada a pegar cachorros adultos pois o Goo só tem idade! Ele aprendeu tudo rápido, entrou no ritmo da casa, nunca destruiu nada e em 1 semana já sabia que "sujeira só na rua" - como acontece com qualquer cão adulto quando adotamos. Mas ele nasceu na clínica, nunca conheceu outra vida, então o mundo para ele é uma novidade, e essa foi a melhor parte da adoção: o espírito de filhote! Ele é curioso, brincalhão, se assusta com tudo que não conhece e qualquer coisa se esconde atrás da Cinderela.
Já estou com ele a quase 1 ano e ele continua descobrindo a vida! Cada dia é uma novidade!
Mês passado eu herdei o Bidu (de 7 anos) de uma vizinha que faleceu, claro q ele também já está adaptado e melhor, ensinando coisas novas pro Goo, que agora já sabe levantar a perninha pra fazer xixi!
Sei que sou um pouco "coruja" mas meus bebês são mesmo uma bênção! A alegria da minha casa, o amor que eles me dão e o companherismo, não tem nada que pague! E são tão educadinhos que às vezes penso que eles nem sabem que são cachorros!!!


Nas fotos: a Preta, o Chico e a Cindy dormindo juntos - a Condy e o Goober no sofá - e a Cindy, o Goober e o Bidu num hotel fazenda que fomos este mês.

Alê



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